Guilherme Peixoto: "É uma rotina apaixonante, justamente por não haver rotina"

Manoela Tavares 
Paula Mattos, Helcio Fournier e Mariane Gayte

O repórter da Intertv, Guilherme Peixoto, realizou palestrou no auditório da Universidade Estácio de Sá, nesta sexta, às 19h. O palestrante falou para alunos do curso de Comunicação Social sobre as dificuldades e características do telejornalismo.


Segundo o repórter, é preciso ser isento durante as reportagens. Para Guilherme, um dos pontos mais marcantes da profissão é não ter rotina. "É uma rotina de trabalho apaixonante, justamente por não haver rotina", afirmou.

Manoela Tavares 
Palestra mobilizou alunos dos cursos de Jornalismo e Publicidade

Guilherme Peixoto iniciou a carreira no rádio aos 13 anos. Segundo ele, esse meio, oferece a possibilidade de improvisar. Funcionário da Intertv há sete anos, Guilherme explicou como é o dia a dia de um repórter.  

De acordo com o profissional, o trabalho começa com a ronda, que é o momento onde a produção entra em contato com fontes para levantar sobre possíveis acontecimentos relevantes. Depois disso, acontece a reunião de pauta, quando são discutidos os assuntos que serão notícia no telejornal.

- O jornal da manhã tem o desafio de fazer a agenda dos assuntos que vão ser importantes no dia. O jornal da tarde é o mais popular, que trata sobre problemas da comunidade, como a falta de médicos, buraco na rua. O jornal da noite é um resumo dos assuntos mais relevantes que aconteceram naquele dia, comentou.

O palestrante explicou ainda a estrutura básica de um telejornal. 

- Geralmente, o factual que marcou o dia é a primeira matéria do jornal. O maior desafio é produzir noticias quando não se tem nada “diferente”. Para a produção das mesmas, podem ser abordados assuntos de interesse público, como por exemplo, economia.

Vinicius Eyer
Guilherme Peixoto: "Geralmente, o factual que marcou o dia é a primeira matéria do jornal"

Com relação aos esclarecimentos que ficam sem resposta por parte de autoridades e celebridades, o palestrante salientou que é importante obter o máximo de informações para a sociedade.

- O jornalista não tem a função de resolver o problema, mas sem dúvida ele ajuda na solução a partir do momento que é denunciado na TV, deixando de ser um problema da comunidade e se tornando um problema da sociedade. Na maioria das vezes as reclamações giram em torno da falta de médicos nos hospitais e buracos nas vias públicas. É chato quando fazemos uma reportagem e deixamos a comunidade sem resposta, explicou.